terça-feira, 6 de março de 2018

Hospital de São Paulo realiza transplante de rim incompatível

















   



Pela primeira vez no Brasil, uma paciente recebeu um rim incompatível em uma cirurgia inédita, em São Paulo. A jovem, de 28 anos, que esperava pelo órgão desde 2008, foi submetida ao procedimento chamado de ABO incompatível, em que o doador e o receptor não possuem o mesmo tipo sanguíneo.  Nesse caso, a paciente, cujo tipo sanguíneo é O, recebeu o rim de sua mãe, de 63 anos, que possui o tipo A.
De acordo com a nefrologista Maria Cristina Ribeiro de Castro, do Centro de Transplante Renal do Hospital Samaritano, responsável pela operação, o tipo sanguíneo O pode doar para qualquer pessoa, mas só recebe do tipo O. Já o tipo AB recebe de qualquer pessoa; o tipo A só recebe A ou O; e o tipo B só recebe B ou O. Estatísticas apontam que de 30% a 40% dos doadores são recusados nesse primeiro teste devido a sua incompatibilidade.
Segundo a médica, a cirurgia tornou-se possível já que foi filtrado o plasma para se retirar os anticorpos que impediam a compatibilidade com o órgão. Além disso, o uso de medicamentos também contribuiu para impedir a produção dos mesmos.

Foram feitas seis sessões de filtragem antes do transplante e mais cinco nas primeiras semanas após a cirurgia, segundo Maria Cristina.
— É uma medida para deixar um nível seguro de anticorpos até que os imunossupressores possam agir e que ocorra a natural acomodação aos antígenos do doador.
Após 20 dias, a transplantada recebeu alta sem complicações e com o rim em excelente funcionamento.
Sobre o ABO incompatível
A especialista explica que o preparo do transplante ABO incompatível é semelhante ao que já é utilizado em pacientes que possuem altas taxas de anticorpos contra o sistema HLA (Antigenios Leucocitários Humanos) — responsável pela identificação dos genes. 
— Toda pessoa tem nas suas células uma série de antígenos que nos identifica. Pacientes que já fizeram outro transplante, ou passaram por transfusões ou gestações, tiveram contato com antígenos de outras pessoas e podem desenvolver anticorpos contra o sistema HLA de potenciais doadores. Essa também é uma condição que impede que o transplante seja feito se esses anticorpos não forem reduzidos.


Bem vindo a página da médica nefrologista Dra. Maria Cristina Ribeiro de Castro



Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (1980) e doutorado em Nefrologia pela Universidade de São Paulo (1993). Atualmente é médica do Hospital Samaritano e servidora da divisão de Urologia - Hospital das Clínicas de São Paulo, médica assistente - Hospital das Clínicas de São Paulo e Professora da Pós-Graduação de Nefrologia da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Nefrologia, atuando principalmente nos seguintes temas: transplante, imunossupressão, rejeição, imunologia de transplantes. Responsável pelo Programa de Transplante em Pacientes Hipersensibilizados do HCFMUSP. Ex-fellow do Hopital Necker- Université Paris V. Ex-presidente e atual conselheira da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos.




ÁREAS DE ATUAÇÃO

Grande área: Ciências da Saúde 
Área: Medicina 
 Subárea: Clínica Médica
Especialidade: Transplante

Doutorado em Nefrologia

1988 - 1993
Universidade de São Paulo
Título: Biópsia aspirativa por agulha fina na disfunção aguda do pós-transplante renal - Utilidade no diagnóstico de nefrotoxicidade aguda pela ciclosporina A
Pedro Renato Chocair. Palavras-chave: nefrologia; transplante renal; CICLOSPORINA A; CITOLOGIA.Grande área: Ciências da SaúdeGrande Área: Ciências da Saúde / Área: Medicina.

Especialização - Residência médica

1983 - 1985
Universidade de São Paulo
Residência médica em: NEFROLOGIA Número do registro: . Palavras-chave: nefrologia.



FORMAÇÃO COMPLEMENTAR

2014 - 2014

Extensão universitária em Terasaki Festschrisft. , Terasaki Foundation Laboratory, TFL, Estados Unidos.

2012 - 2012

Management of the highly sensitized patient and. , Cedars-Sinai Medical Center, CEDARS-SINAI, Estados Unidos.

2010 - 2010

Extensão universitária em Principles and Practice of Clinical research. (Carga horária: 180h). , Children's Hospital Boston, CHB, Estados Unidos.

1987 - 1991

Extensão universitária em TRANSPLANTE RENAL. (Carga horária: 4800h). , Hospital das Clínicas da Fmusp, HCFMUSP, Brasil.

1984 - 1984

Extensão universitária em IMUNOLOGIA CELULAR. (Carga horária: 120h). , Instituto Butantan, IBU, Brasil.